O site do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), precisava de uma boa reforma. Os problemas eram vários, a começar pela home page. A imagem ao lado foi capturada dias antes da inauguração do novo layout. Reparem como ela é comprida e assimétrica. A coluna da direita era tomada de anúncios e é um dos bons exemplos de banner blindness que eu conheço.
A DCPress foi contratada para analisar e diagnosticar o website antigo, rever as rotinas de trabalho da equipe do departamento de comunicação do CEBDS, e projetar e desenvolver um website www.cebds.org.br novo em folha.
O conteúdo do website antigo foi revisto página a página e sua arquitetura foi reorganizada. O novo layout da home page deverá oferecer um visual contemporâneo sem deixar de focar na boa apresentação das notÃcias, do material institucional e das publicações do CEBDS.
O código HTML era um emaranhado de tabelas e tags antiquados, caracterÃstico daquela época em que os conceitos de usabilidade ainda engatinhavam e o CSS Zen Garden ainda era novidade. O sistema administrativo cuidava apenas da publicação das notÃcias no topo da home page, todo o restante tinha que ser atualizado diretamente no código por um programador. A plataforma ASP.NET em um servidor dedicado cujo contrato serviço de manutenção expirou e um provedor sem suporte técnico completavam o quadro apocalÃptico caracterÃstico daqueles projetos em que é melhor recomeçar do zero do que tentar consertar o que há de errado.
Cristina @fimdejogo Dissat, antiga parceira em inúmeros outros trabalhos bem sucedidos, me chamou para coordenar toda a parte técnica do trabalho e manter consultoria constante para os editores de conteúdo. Foi uma honra e um desafio, ao mesmo tempo. Para começar a produzir um website eu sempre gosto de entender um pouco do assunto. Sustentabilidade não é exatamente um conceito novo para mim, mas o termo desenvolvimento sustentável, dentro do contexto em que as grandes empresas trabalham, é um universo ainda a ser explorado.
Criamos um novo domÃnio “cebds.dcpress.com.br” para hospedar o novo site enquanto o original continuaria online. O perfil do cliente e as especificações do projeto sugerem a utilização de uma plataforma de programação bastante robusta e ágil, pronta para atender a uma demanda constante de novos serviços e melhorias. A dupla Python/Django se encaixa perfeitamente bem nessa função. O CMS que Andrews Medina e eu desenvolvemos já foi testado em várias aplicações diferentes e se mostrou bastante versátil. O VPS  do Dreamhost, apesar deste provedor  nunca ter sido referência na hospedagem de sites Python/Django, até então estava prestando um serviço satisfatório, quando não excelente.
Instalamos o software básico e uma versão genérica do CMS para que a DCPress pudesse tratar da revisão, rearrumação e transferência do conteúdo do site antigo. Enquanto a equipe de conteúdo trabalhava, eu e minha trupe farÃamos um novo projeto gráfico e a programação das templates utilizando o que há de mais novo em HTML, CSS e javascript para tornar as páginas rápidas, atraentes e, acima de tudo, perfeitamente legÃveis em qualquer tipo de navegador.
O acúmulo de trabalho em diversos projetos simultâneos e a estranha sensação de estar cansado do meu próprio estilo me levaram a chamar três novos integrantes para a equipe. Decidi não mais fazer sozinho o projeto gráfico, o layout e a programação das templates. O layout, grafismos, estudos de cores e tipologias ficariam a cargo do meu amigo e multi-artista Fabio Darci. Entre outros inúmeros talentos, o carioca Fabio domina como poucos a arte de projetar páginas bonitas e funcionais.
Novas tecnologias estão aparecendo a todo momento para acelerar e incrementar a qualidade do Web Design: CSS frameworks, Grids, novas aplicações para o Ajax e também novas e criativas maneiras de utilizar os tags do framework Django que simplificam a comunicação com o banco de dados. Para me ajudar a manter meus sites por dentro das mais recentes inovações, incorporei mais uma fera ao time de desenvolvedores: a matogrossense Mayza de Oliveira passou a cuidar dessa parte espinhosa – de transformar os delÃrios inventados no Photoshop em um código dentro dos rÃgidos padrões impostos.
Andrews me apresentou mais um desenvolvedor experiente em Django, o capixaba de criação Francisco Souza, que entrou para a equipe para ajudar na instalação do servidor no Linode e para trabalhar em paralelo com o Andrews na produção e customização dos aplicativos do CMS.
Uma equipe como essa exige a utilização de uma ferramenta de trabalho em grupo, um sistema de controle de versões para evitar a todo custo as temÃveis “cabeçadas”, em que dois ou mais integrantes fazem a mesma coisa e um sobrescreve o trabalho do outro, ou o ainda mais terrÃvel “deixa que eu deixo” onde todos pensam que alguém vai resolver o problema e ninguém resolve. Optamos por usar o Bitbucket - um serviço de hospedagem de projetos controlados através do Mercurial,  gratuito para pequenas equipes. Apesar do desconforto inicial de ter que aprender e adotar todo um procedimento (Pull -> Update -> Edit -> Save -> Commit -> Push -> Deploy) e de abandonar o bom e velho FTP para atualizar os arquivos diretamente no servidor do site, a solução do Bitbucket tem se mostrado realmente eficiente.
Nesse meio tempo, tivemos que trocar todos os nossos sites feitos em Python para outro provedor, por conta de vários problemas técnicos que começaram a pipocar e não foram solucionados pelo suporte do Dreamhost. Seguindo a recomendação de gente que entende do assunto, contratei um novo VPS no provedor Linode.com. Como num passe de mágica, todos os bugs esquisitos que geravam erros no servidor sumiram e o CMS voltou a funcionar perfeitamente. Além disso, o acesso aos sites ficou bem mais rápido.
Enfim, o novo site foi lançado na véspera do Carnaval 2012 e a resposta do público foi muito boa. Ainda é cedo para tirarmos conclusões a partir das métricas, mas, nessas primeiras semanas, simplesmente duplicamos a visitação média do site.
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